senão a promessa de luz algures lá na frente.
Mas o breu pintava o ar, as mãos esfoladas eram guias
tacteando as paredes rasgadas.
Pés arrastados sem saber onde viria a próxima armadilha
que o deitaria ao chão.
E pensava porque continuava ali, perdido no silêncio cego agarrado à teimosia
da sede de esperança.
Já era tarde para voltar atrás e mesmo que não fosse, de pouco adiantaria.
Já era água que passara por debaixo de ponte.
Porém o terreno ficou mais plano, as paredes menos rugosas.
e o coração deixou o sobressalto para saborear aquele momento de vago sossego.
Ainda não sabia o que aguardava nos passos seguintes,
só sabia que o coração estava magoado,
mas tinha ainda vida a pulsar no sangue
e talvez fosse só isso que precisava.
E continuou a avançar...
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